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14/07/2015

Mana da Ilha de Páscoa

A “minha” ilha de Pascoa, originalmente chamada de Mata-ki-te-rangui pelo nativos Rapa Nui, continua a ser como desde sua “descoberta”’ pelos europeus, um lugar como nenhum outro lugar na Terra.

Estive aqui em 1998, com Capitão, David e Kat, na nossa segunda volta ao mundo. Com pouco mais de 3 mil habitantes, era um lugar quase sem carros, uma dezena de lojas, e uma rua única, onde os habitantes se cumprimentavam pelo primeiro nome e os “hotéis” eram hospedagem em casa de famílias.

Hoje com dez mil habitantes, cresceu o número de lojas, carros, motos e uma prospera indústria de turismo com hotéis cinco estrelas!

Mas ao percorrer de novo a ilha, senti como mantém sua intrigante história com as paisagens mágicas, que cativam e atraem pessoas do mundo todo.

Senti a conexão espiritual (aqui chamada de Mana) em cada baía que ancoramos, que sempre tinham os enigmáticos Moai.

Viemos para ficar 10 dias e ficamos 20. Aqui é um lugar tranquilo, onde aprecio cada nascer ou por do sol, o mar azul profundo, as encostas de pedras pretas vulcânicas, os Moai e os ahu e os vulcões.

E a nossa amiga brasileira Rozemeire e a seu marido Victor Icka, Rapa Nui, herdeiros de uma cultura que eles protegem e fazem tudo para manter viva, nos receberam com muito carinho e nos fizeram sentir em casa.

Um espetáculo inesquecível que nos encantou a todos foi ver os cavalos selvagens andando e correndo em liberdade por toda a ilha!

Sem dúvida, esse lugar tem um magnetismo e me trouxe de volta as mesmas perguntas sobre o mistério dos moais. O que querem dizer os moais de Tongariki, enfileirados a olhar de frente para o Rano Raraku… Que escrita – o Rongo Rongo – desenvolveram, que ninguém até hoje decifrou? Quem construiu e como movimentavam esse gigantes de pedra?

Antes de partir, olhei pela ultima vez os moais, testemunhas silenciosas de uma cultura que desapareceu. Imagino como pensarão os futuros habitantes, daqui a cinco séculos, ao chegarem em uma cidade grande como NY ou SP cheia de prédios e com poucas árvores..

Perguntarão: “Quem foram os habitantes que construíram esses monumentos? Para que? Que estranha escrita eles possuíam? Como conseguiram sobreviver sem água ou árvores? Por que desapareceram da face da Terra?

Aqui encontrei muitas perguntas e continuo sem nenhuma resposta…