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04/02/2016

23 anos de distância

Leia agora a parte final do relato do capitão. Confira também a parte 1 e parte 2.

Descemos o inflável na água, ele durante a navegação está sempre erguido no turco de popa, eu e o Frank fomos fazer o primeiro contato na ilha.

Chegando à praia fiquei admirado com o cenário, as casas todas de palha à beira mar e as pirogas de madeira de um tronco só, algumas a remo e outras a vela, todas enfileiradas na praia. Eu olhava de um lado para o outro, fiquei por algum momento extasiado, com a beleza, com a simplicidade do lugar.

Lá chegando, Frank e eu tivemos uma surpresa. O Jonathan estava esperando toda a tripulação para uma recepção de gala.

Colocaram na areia uns 50 m2 de esteiras de folha de coqueiro. Em cada lado, fileiras de bambus e, no topo, folhas de coqueiro, como se fosse enfeite de festa de igreja. Nas laterais, duas filas de bancos e na frente dois bancos. Um era para mim e outro para o Jonathan.

Ficamos rodeados de nativos querendo apreciar esse primeiro encontro. Era uma recepção especial.

Falei da história da garrafa, da minha emoção de estar ali depois de 23 anos e de estar lado a lado com o Johathan e conhecer a sua vila e seu povo.

Bem, ficamos nesta ilha quase uma semana e conhecemos seus costumes, sua cultura, suas lendas e o verdadeiro sentido da vida. De viver com simplicidade, com o desapego, de viver unicamente com que o planeta terra e mar nos oferecem e ser feliz.

Uma garrafa jogada ao mar deu origem a muita história 23 anos depois. Parece lenda, mas é verdade. Para acompanhar mais histórias incríveis como esta continue seguindo o Diário de Bordo!