Amanheceu e vi uma silhueta ao longe: uma montanha. Segurei meu grito de “Terra à Vista”, pois ainda uma parte dos tripulantes estava dormindo. Mas como uma criança impaciente, andei pelo barco de frente de ponta a ponta várias vezes. Já estávamos entrando no passe quando todos acordaram para ver a entrada de Mangareva.
Aos poucos o azul, em diversos tons, roubou nossa respiração. Que lindo! Transparente! E o contraste com o verde das montanhas já tornava tudo um cartão postal. Pelo canal balizado chegamos a cidade de Rikitea. Eu estava de volta a Polinésia! Há 17 anos estivemos aqui na MGA (nossa segunda volta ao mundo).
Ancoramos e pela primeira vez em 2 meses – desde o Chile – o barco parava tranquilo em uma ancoragem. Parado e super tranquilos, dormimos como bebês depois do “almojanta” do macarrão do capitão.
Acordei de manhã com um som diferente que há muito não escutava! Uma sinfonia dos galos. Fomos na vila com uma única rua deserta e de casinhas com jardins bem cuidados, e deu uma impressão de um lugar deserto.
Na cidade funciona o correio, a polícia, e um pequeno hospital com um médico e 2 enfermeiras. Pense num lugar tranquilo que não tem hotel (tem 3 pousadas), restaurantes, barzinho, disco, banco ou caixa eletrônico. De repente um carro, uma moto e um grupo de mulheres e crianças passam e com um sorriso alegre nos saudam uma “iorana bonjour”! E em seguida vem nos oferecer pamplemousse. Não para vender, mas para nos presentear. E assim passaram rápidos os nossos 7 dias nesse lugar muito hospitaleiro e onde fizemos bons amigos.