Em nossas viagens temos uma oportunidade única de visitar museus mais diversos: históricos, de natureza e de arte.
Em uma visita a um museu vivemos momentos de encantamento; por trás de cada objeto, cada aventura, existe um momento que conta um pouco de nossa história. De onde viemos? Como eram as primeiras pessoas que habitavam a região, seu cotidiano, como agiam e pensavam os nossos ancestrais? Enfim, quem somos?
Nos museus de arte, somos levados a um mundo mágico da vida dos criadores de obras, que nos enriquecem e podem nos levam a criar e questionar a identidade cultural com um patrimônio, nos levando à reflexão sobre a influência da arte em nossa vida.
É uma casa de cultura onde a comunidade participa e vivencia suas próprias experiências e é também o local onde a comunidade tem a oportunidade de rever sua vida social.
Um museu é um instrumento de conservação de bens de valor histórico, uma amostra para o futuro, que tem valor educacional para fins de estudo e conhecimento. Muitas vezes ele é um gerador de novas fontes científicas e tende a aproximar um passado distante aos dias atuais.
Resgatar e respeitar nossa história é fundamental para que consigamos vislumbrar um futuro melhor para todos, pois analisar o passado é uma das formas e talvez a mais eficiente para se chegar a uma racionalização do presente e a uma construção consciente do futuro.
Nestes mais de 7 meses viajando, tivemos a oportunidade de passar por alguns museus muito especiais. Na Antártica, encontramos um antigo baleeiro naufragado há mais de 100 anos, após um incêndio. A embarcação transportava óleo de mais de 400 baleias e hoje virou um verdadeiro museu em plena imensidão do continente gelado. Em Dorian Bay, encontramos outro vestígio do passado, ainda intacto e conservado, uma antiga base britânica construída como abrigo nos anos 1970 e preservada até hoje, um museu com livros, documentos, utensílios e mantimentos de sobrevivência.
O Farol do Fim do Mundo, na Ilha dos Estados, é outro museu que coleciona histórias e peças dos viajantes que passaram e buscaram refúgio na Ilha eternizada pelo romance de Júlio Verne.
Em Punta Arenas, voltamos ao passado dos antigos navegadores na réplica em tamanho real da Nau Victoria, famoso barco comandando por Fernando Magalhães que está nos livros de história como a primeira embarcação a circundar o globo no século XVI.
Durante a Expedição, ainda passamos pela belíssima Casapueblo, que foi casa do pintor, ceramista, escultor, muralista, escritor, compositor e empresário Carlos Paez Vilaró. Inspirado pelo pássaro João-de-Barro, ele decidiu construir sua Casapueblo. Ele dizia: “Se um pássaro pode construir sua casa, eu também farei a minha”.