Na noite da tempestade chegamos em Imbituba e colocamos duas âncoras. Pescadores num barco pesqueiro que estavam perto do veleiro Kat cortaram uma delas – um ato que não condiz com a ética de gente do mar.
Desde que chegamos aqui estamos na função de procurar nossa âncora: todos dias uma equipe sai para procurá-la, que, pelas dimensões além de custar caro, não se encontra como batatinha frita na prateleira do supermercado. Há uma semana desde que aportamos em Imbituba essa tem sido a rotina do Capitão, Wilhelm e Fabiano – ir de um lado para outro no bote inflável procurando e mergulhando para ver se a encontramos.
A comunidade de gente do mar de Imbituba, ao saber do acontecido, foi muito hospitaleira e tem nos ajudado: temos pescadores, mergulhadores e pessoal do porto nos dando o maior apoio.
A âncora é um dos equipamentos mais importantes de um barco. Imagine perder o freio de um carro na ladeira! Não temos como nos segurar no porto ou na ancoragem sem ela. Há até um refrão no meio náutico que diz: “Quem tem três tem dois; quem tem dois tem um; e quem tem um não tem nenhum.”
Partimos de Itajaí com 2 âncoras, e agora estamos somente com a nossa e uma emprestada. Se não a encontrarmos, teremos que comprar uma outra.
Hoje estamos nos preparando para zarpar rumo sul para o Uruguai!