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Um ano que passou muito depressa!

Saudamos 2015 na Ilha dos Estados, na pontinha da costa da América do Sul. À meia-noite, fizemos uma resolução para o Ano Novo: viajar mais!

E, agora, fazendo a retrospectiva do meu ano, acho que mantivemos essa resolução a cada mês, dia e minuto!

Navegar até a Antártica foi como realizar um sonho que nunca tive. O que é incrível, pois você não tem nenhuma expectativa mas é surpreendido pela mais fascinante experiência de sua vida. Quando planejamos esta viagem, eu só pensava no frio do continente gelado. Não compartilhei o entusiasmo da minha tripulação. Mas, ao chegar na Antártica, eu nem queria descer para a cabine. Eu queria ficar no deck, só os olhos de fora das camadas de roupas de lã, absorvendo cada milímetro de tanta beleza.

Deixamos o Atlântico e começamos a navegar no Pacífico. O veleiro Kat, feliz, deslizava pelas ondas em direção às temperaturas mais amenas.

A parada em Puerto Montt foi estratégica na preparação do barco para cruzar o Oceano Pacífico. E começamos a travessia de 14 dias, com 5 tripulantes a bordo que nunca haviam ficado tantos dias sem ver terra. Mas tudo correu sem nenhum problema. Pegamos uma tempestade, mas logo nossa tripulação estava se comportando como velhos lobos do mar.

Entramos no paraíso pela Polinésia Oriental, parando na Ilha de Páscoa. Sob os olhares dos gigantescos moais, renovamos nossas energias nesta ilha mística, de mistérios e histórias.

De lá, direto para a Polinésia Francesa, para os abraços e o carinho dos amigos que fizemos em duas viagens anteriores. E para um visual que, apesar de familiar, ainda consegue nos deixar sem palavras.

A Nova Zelândia é nosso segundo país. É a terra da “longa nuvem branca”, que nos deu nossa filha Kat e onde ela hoje descansa ao lado de seus pais. Tantas memórias, tantos amigos. Os meninos que jogavam futebol com meus filhos, hoje são pais de lindas crianças. E nossas conversas são retomadas como se não tivéssemos 12 mil quilômetros nos separando.

Em novembro, machuquei meu ombro e precisei de fisioterapia. Me despedi da minha tripulação, preocupada com os preparativos para a travessia seguinte, prevista para durar 10 dias. Será que eles sabem que tem que comprar comida como se estivessem se preparando para uma ataque de extraterrestres?

Tomei um avião na Nova Zelândia e fui para Sydney, na Austrália, onde mora minha irmã Eliane. Fiz fisioterapia, colocamos todos os assuntos em dia, fiquei boa e lá fui de avião para Mackay, no norte da Austrália, esperar pelo veleiro Kat. Sabe aquela alegria de chegar em casa depois de 10 dias fora? Agora imagina a alegria de sua casa chegar a você, num dia lindo de sol, deslizando em sua direção. Que emoção!

E aqui estamos, em Mackay, prontos para partir novamente, para Townsville, onde passaremos o Natal. Logo após, levantar âncoras e seguir para a Grande Barreira de Corais para saudar 2016 em meio à explosão de cores e formas da vida marinha deste Patrimônio da Humanidade.

E já tenho minha resolução pronta para a hora do brinde com o champanhe: em 2016, vou viajar mais!

Desejamos a você um Natal feliz e um fim de ano muito com muita alegria paz e amor!

Este foi meu roteiro em 2015:

Ushuaia – Argentina
Puerto Williams – Chile
Antártica
Puerto Williams – Chile
Ushuaia – Argentina
Punta Arenas – Chile
Puerto Chacabuco – Chile
Puerto Montt – Chile
Ilha de Páscoa – Polinésia Oriental
Ilha Pitcairn/Ilha Dulcie (Inglaterra), passando por atóis de Tuamotus
na Polinésia
Ilha Mangareva
Ilha de Amanu – Tuamotus
Ilha Tahiti – Polinésia Francesa
Ilha Moorea – Polinésia Francesa
Ilha Tahiti – Polinésia Francesa
Ilha de Raiatea – Polinésia Francesa
Ilha Tahaa – Polinésia Francesa
Ilha de Bora Bora – Polinésia Francesa
Ilha de Mopélia – Polinésia Francesa
Ilha Samoa Americana (EUA)
Vavau – Ilhas de Tonga
Ilhas Monothaki
Tonga Tapu – Ilhas de Tonga
Opua – Nova Zelândia
Mackay – Austrália
Townsville – Austrália

Está passando muito depressa!