BLOG

23/09/2016

Uma expedição de tirar o fôlego!

Se colocássemos nosso tempo dentro de uma telinha veremos passar o mais lindo filme de nossa vida.

Nesse dois anos de expedição, tivemos muitos momentos de ficar sem fôlego de tantas experiências lindas que vivenciamos, de desafios que passamos, e de muitas saudades de quem amamos.

A primeira das alegrias foi receber Emmanuel de volta à Expedição depois de seu tratamento de câncer, pronto para navegar conosco pelos 7 mares.

Conhecer a Antártica, foi a maior descoberta que fizemos e como num pacote da vida, vai a 1 leva 3, atravessamos pelo temido Cabo de Hornos e cruzamos o estreito de Drake. Todos lugares que são temidos pelos navegadores há séculos pela fúria dos oceanos e pela quantidade de naufrágios nesse lugar. Mas Netuno sorriu para nós e nos reservou para a volta uma tempestade quando já estávamos quase chegando a América do Sul.

Voltar a Polinésia. Esse é nosso lugar favorito: reencontrar nossos amigos de 20 anos que nos receberam como se nem um minuto tivesse passado desde que nos vimos, foi muito lindo.

E na Nova Zelândia, terra de Kat, as saudades dela aumentaram…

Ah! Eu tinha me esquecido como foi de tirar fôlego chegar em Xangai com milhares de barcos, navios e chatas cruzando nosso caminho no rio para redescobrir o grande almirante Zheng He, o venerado herói das grandes navegações Chinesas.

A China, inspiração de nossa expedição, mostrou seu lado tradicional milenar e o que há de mais moderno em suas cidades de Xangai e Pequim.

Em Borneo, estar de frente com um orangotango e ver o olhar profundo desse animal quase tão humano, foi uma experiência incrível.

Na Indonésia, os cultos mais diferentes em um mesmo espaço, nos levaram de mesquitas e templos budistas, hindus em cerimônias milenares e muito espirituais.

A travessia do Oceano Índico por 12 dias e 2.800 milhas foi a mais longa, a mais rápida e a mais difícil de todas. Com mar de ondas de 3 até 5 metros e ventos fortíssimos, era difícil a vida a bordo, fazendo a navegação, se alimentando e até mesmo dormindo. Mas a tripulação corajosa do veleiro Kat enfrentou esse desafio sem perder o fôlego!

E quem tirou nosso fôlego foi o vulcão Piton de La Fournaise em Reunião, onde caminhamos quase até a boca do dragão fumegante e com as labaredas nem podíamos respirar…

Em Tonga, quando Heloísa caiu no barco numa tempestade e rompeu um dos tendões do ombro e a recuperação de 8 meses, a bordo do barco também nos fez respirar aliviados quando ela pôde participar outra vez das muitas aventuras.

E agora com a África do Sul e depois o oceano Atlântico, que novas emoções irão tirar nosso fôlego?