A preparação para a velejada pelo extremo sul da América Sul requer um cuidado redobrado. Tudo precisa estar perfeito para quando velejarmos por áreas de difícil acesso e condições extremas.
Por ter um design único e inovações pioneiras, o veleiro Kat requer alguns acertos singulares para um melhor desempenho e segurança.
Há poucos dias, realizamos um teste de estabilidade e verificamos que o veleiro pode adernar até 110 graus sem virar. Ficamos muito felizes com o resultado e este grande potencial de adernagem, que demostra um ótimo equilíbrio de nossas linhas estruturais.
Após a primeira fase de navegada e os 50 dias de vivência a bordo, notamos a necessidade de pequenos ajustes em alguns dos sistemas do barco para então seguir viagem com segurança tranquilidade por aéreas inóspitas. Na Antártica, não adianta ligar para um técnico ou procurar uma peça de reparo, é preciso estar pronto para as mais diversas situações.
Nossa quilha retrátil, com bulbo de 14 toneladas, e peso total de quase 18, é a primeira desse porte feita no Brasil. Sabíamos da sua complexidade e dos ajustes que seriam necessários até chegar a um funcionamento perfeito. A velocidade de subida e descida da quilha está sendo regulada. Também estamos instalando bombas hidráulicas com maior capacidade de pressão para dar total cobertura aos equipamentos hidráulicos do veleiro.
Aqui no porto de Piriápolis, diversas embarcações seguem o mesmo ritual de preparação para a descida até o sul do mundo. O ritmo de trabalho dos barcos é intenso! Com tudo certo e instalado, seguiremos o nosso planejamento e rumaremos para o sul da Argentina, antes de partir para a Antártica! Enquanto isso, desfrutamos das belezas locais e hospitalidade povo uruguaio.