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05/08/2015

De volta à Polinésia – parte 2

Debaixo do mar dessa ilha pacata de mil pessoas se esconde uma grande riqueza. Mangareva, a maior das ilhas de Gambier, é a fonte de pérolas incomparáveis, reconhecidas como as as mais lindas do planeta.

Fomos conhecer a fazenda de pérolas de Patrice e Josefine e fiquei muito impressionada com as etapas da produção de pérolas. Um trabalho detalhado, de muito esforço e disciplina. As conchas madrepérolas passam por processos de limpeza, de mudanças de lugar (profundidade) e demoram até 2 anos para produzirem pérolas de qualidade. Todo o processo de inserir um núcleo em uma pérola para produzir uma pérola negra é feito por chineses ou chinesas que vem da China, viver em Gambier e trabalhar nas fazendas.

A tripulação se aventurou fazer a trilha de uma hora para subiu os 450 metros. No alto Mont Duff a vista era para poucos.

Nossos novos amigos da ilha vieram conhecer o veleiro Kat e nos trouxeram muitas frutas: mamão, a mais doce grapefruit pomelo, limões, fruta pão, peixe e cachos de bananas – E também pérolas de presente para nós!

Ao lado do barco na água clara víamos os peixes, mas não podíamos comê-los, pois causam ciguatera, uma forma de intoxicação alimentar que é causada pela ingestão de ciguatoxina, uma toxina presente em determinados tipos de peixe tropical. Ela afeta o trato gastrointestinal, causando cólicas, vômitos, diarréia e sintomas semelhantes.

Domingo fomos à missa, e havia me esquecido da impressionante Cathédrale Saint-Michel que levou nove anos para ser construída e é a igreja mais impressionante no Pacífico sul, onde cabem 1.200 pessoas. Os altares são esculpidos em madeira e decorados em estilo mosaico decorados com uma variedade de conchas do mar e com pérolas negras.

A pequena população da ilha, 98 por cento católicos, está toda na igreja, com suas roupas lindas de domingo e algumas mulheres têm com coroas de flores. Uma simpática mulher veio perguntar de onde éramos e elogiei sua coroa de flores. Ela, sem titubear, retirou-a e colocou em minha cabeça. Que generosidade!

À tarde recebemos vista no barco e em volta do veleiro parecia um playground. Canoas polinésias, sup, wakeboard e nadar foi a diversão até o anoitecer.

Nossa vida social esteve bem ocupada, e tivemos convites para almoçar, jantar e até uma festa com dança onde a tripulação se divertiu até quase o amanhecer!

Na hora de partir, ganhamos colares de conchas dos amigos que avisaram: segundo a tradição, quando sairmos da ilha devemos atirar o colar no mar, que com certeza voltaremos a Mangareva!

Maroi Mangarevianos…