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Schurmanns

15/04/2014

Levantar âncora! Içar as velas!

“Não é porque as coisas são difíceis que não nos arriscamos; é porque não nos arriscamos que elas se tornam difíceis.” (Sêneca)

Estávamos deixando para trás nossa vida construída ao longo dos últimos 15 anos: casa, trabalho, escola, horários; tudo certinho e organizado para ir em busca de um sonho! As expectativas e a saudade apertaram nossos corações na véspera da partida. Aconchegados no Guapo, nossa nova casa, nem consegui dormir direito pensando que ousadia a nossa!

Levantar âncora! Içar as velas!

Finalmente, chegou o grande dia: 14 de abril de 1984. O tempo fechou, entrou um vento frio vindo do sul, soprando certo para nos levar rumo a Norte! Familiares e amigos nos olhavam com tristeza e pena ao se despedir no cais do Iate Clube de Santa Catarina. Muitos achavam uma loucura o que estávamos fazendo. Partíamos com nossos filhos Pierre (15), David (10) e Wilhelm (7) num barco tão pequeno, sem marinheiro para navegar pelo mundo.

Debaixo de chuva, soltamos as amarras do Guapo do Iate Clube Veleiros da Ilha. O Capitão no leme enquanto nós manobramos as velas e o barco zarpou… Vendo o brilho nos olhos de nossa pequena, porém valente, tripulação, tive certeza de que estava fazendo a escolha certa.

À nossa frente apenas o mar, nosso portão para o mundo. Partimos, não olhando o que ficou para trás, mas sim para o que iriamos encontrar à frente…