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08/03/2016

No comando de uma frota de piratas

Imaginem ser pirata, no século 19, comandando uma frota de 300 navios e uma tripulação de 40 mil homens.

Só com muita, força, carisma, liderança e determinação. A Esquadra Bandeira Vermelha, como era conhecida esta frota, foi o maior pesadelo dos portugueses, ingleses e holandeses que teimavam em navegar pela Ásia. Era invencível.

Mas, internamente, era comandada com mão-de-ferro. As regras tinham que ser seguidas e obedecidas, sob pena de morte.

1. Desobedeceu a uma ordem dada pelo superior? Cabeça decepada na hora.

2. Proibido roubar os cofres da esquadra ou dos moradores das vilas que abasteciam os piratas.

3. Tudo o que fosse saqueado tinha que ser reportado para registro. O pirata responsável pelo saque levava 20% e o resto ia para o fundo comum.

4. Dinheiro em espécie tinha que ser dado para o tesoureiro do navio. O saqueador ficava com uma pequena parte e o resto para o fundo reserva para comprar mantimentos e financiar outros navios.

5. A regra geral era libertar as mulheres prisioneiras. Mas as mais bonitas casavam com os piratas. O pirata que se casasse com uma prisioneira era obrigado a ser fiel a ela para o resto da vida.

6. O estupro era punido com a morte. Os que desertavam perdiam as orelhas.

E, assim, sob extrema disciplina, estes 40 mil homens se tornaram o mais efetivo e letal esquadrão pirata da história da humanidade.

Por que estou contando isso hoje? Porque o comando desta máquina incrível era exercido por uma jovem mulher, a grande pirata chinesa, Ching Shih.

Feliz Dia da Mulher!